terça-feira, agosto 02, 2005

Saudades de mim




Os gestos cúmplices na brincadeira
O afago terno de umas mãos
Que tudo sabem
Tudo fazem
Tudo conhecem
E tudo confortam.
Que saudades de ser menina
De adormecer nesse colo
De afagar os teus cabelos mãe,
E de saber, que sonhas sonhos para mim,
Que tens expectativas e
Achas que poderei ser tudo
O que sempre quiseste…
Onde será que nos perdemos dos sonhos?
Em que caminhos poeirentos,
Nos separámos dos anseios?
Quando desatámos a crescer, e
De repente, tudo nos fugiu?
Mas as tuas mãos continuam estendidas,
Prontas para acudir ao mínimo tropeção.
E sei que, hoje mesmo, se eu quisesse ainda,
Me levarias às cavalitas, para
Me mostrares os patos no jardim…

Ivamarle